segunda-feira, 21 de junho de 2010

Em 2014, Brasil vai tirar uma "França" da miséria


Abaixo publico matéria que saiu no Blog Conversa Afiada, falando exposição do economista Marcelo Neri, da FGV- Rio, que mostra a impressionante mobilidade social que se verifica no Brasil do Governo Lula. A exposição feita no Conselho de Desenvolvimento Social, foi devidamente ignorada pela imprensa.

Clique aqui e veja o vídeo.

O bom time brasileiro para 2014


Com uma defesa macroecômica muito bem postada, um ataque social forte, com o Bolsa Família, e tendo na nova classe média o seu Pelé, o Brasil chegará a 2014 com um grande time, tendo incorporado mais do que uma ‘França’ de cidadãos às classes A, B e C — 68 milhões de pessoas. Nos últimos oito anos, o Brasil incluiu 32 milhões de pessoas. O panorama foi dado nesta quinta-feira (17/6) pelo economista Marcelo Cortes Neri, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), realizada em Brasília.

Segundo dados apresentados por Neri, a renda do brasileiro vem crescendo 5,3% ao ano e houve uma queda de 43% do total de miseráveis do País num período de cinco anos — entre 19 e 20 milhões de brasileiros.

Fizemos muito em pouco tempo e acho que essa agenda procura elencar um conjunto de políticas. Nossa defesa macroeconômica está muito bem postada e nosso ataque social está muito forte, que é o Bolsa Família. O nosso Pelé é a nova classe média. Estamos falando de uma França a ser incorporada ao mercado e à cidadania. Isso é possível. Ou seja, crescimento com redução de desigualdade.

Para que os bons resultados obtidos no País até aqui sejam confirmados, é preciso que o Brasil invista em educação — um dos principais pontos da agenda proposta pelo Conselho.

Se no passado o Brasil era o mais ‘envergonhado’ dos Bric (grupo composto por Brasil, Rússia, Índia e China), agora estamos no mesmo nível, afirma Neri. E para que esse processo tenha sustentabilidade, é preciso investir em educação, reiteirou o economista.

A agenda de futuro é econômica, é social. O Brasil não é um país previsível. Temos revoluções acontecendo que só de vez enquanto nos damos conta. A dificuldade brasileira é jogar junto. E esse Conselho está conseguindo fazer que todos atuem juntos.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Morre José Saramago... Para além dos muros de Berlim


Do alto dos seus 87 anos de vida, o escritor português José Saramago morreu hoje, 18 de junho, deixando um legado de opiniões fortes e uma vasta obra literária. Prêmio Nobel de Literatura em 1998, primeiro escritor de língua portuguesa a obter a honraria, Saramago mostrou ao longo de sua vida uma paixão duradoura pela literatura.


Deixo de lado a análise da forma - textos marcados pelos períodos longos e pela pontuação em muitos momentos quase inexistente - para me atentar ao conteúdo, sempre recheado de reflexões fortemente humanistas.


Foi um autor polêmico. Declaradamente ateu convicto, muitas vezes desagradou os religiosos, em especial a igreja católica. Paradoxalmente, também desferia duras críticas à esquerda, que "não pensa nem atua", apesar de afirmar ser um "comunista hormonal".


Vão-se as polêmicas, fica a obra. O crítico Harold Bloom qualificou-o como "o escritor de romances mais dotado de talento dos que seguem com vida, um dos últimos titãs de um gênero em vias de extinção". A citação consta do prefácio de "O Caderno", assinado pelo italiano Umberto Eco, reproduzido pelo site do jornal espanhol "El País".


Fica na minha lembrança, o lançamento do projeto "Terra" aqui no Espírito Santo, evento no qual tive a honra de fazer o papel de cerimonialista. O livro de fotografias Terra, de Sebastião Salgado, contou com a introdução de José Saramago e incluía um CD de Chico Buarque.


O projeto foi dedicado "aos milhares de famílias de brasileiros Sem Terra que sobrevivem em acampamentos improvisados às margens das rodovias, lutando, na esperança de um dia conquistar um pedaço de terra para produzir", nas palavras de Chico Buarque.


Saramago vai além, muito além do que se pode traduzir. Nos últimos tempos, aderiu à internet, publicando textos em seu blog "Outros cadernos de Saramago". No cyberespaço , o escritor se dispunha a escrever suas reflexões sobre o mundo na internet e a dialogar com os leitores.


Ali ele também voltou seu olhar crítico para a cidade do Rio de Janeiro. Em artigo publicado no blog em março de 2009, Saramago comparou aos muro de Berlim e da Palestina o projeto do estado de construir muros como ecolimites em favelas cariocas.


Cá para baixo, na Cidade Maravilhosa, a do samba e do carnaval, a situação não está melhor. A ideia, agora, é rodear as favelas com um muro de cimento armado de três metros de altura. Tivemos o muro de Berlim, temos os muros da Palestina, agora os do Rio. Entretanto, o crime organizado campeia por toda a parte, as cumplicidades verticais e horizontais penetram nos aparelhos de Estado e na sociedade em geral. A corrupção parece imbatível. Que fazer?"


Após a declaração de Saramago, a iniciativa do governo ganhou repercussão internacional e também foi alvo de críticas do jornal inglês "The Times", afirmando que as barreiras iriam segregar milhares de moradores das favelas em guetos, e do jornal espanhol "El País", que chegou a dizer que os ecolimites tinham "aspecto penitenciário" .

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Em metamorfose: Chico Buarque certo dia disse, "vai passar"

Em metamorfose: Chico Buarque certo dia disse, "vai passar"

Chico Buarque certo dia disse, "vai passar"... E Dilma vai...

Fã incondicional de Chico Buarque que sou, não poderia deixar de ficar em êxtase com a matéria postada ontem no blog da Dilma e de Luis Nassif comentando os dados da mais recente pesquisa feita pelo Ibope.

Depois que ele (Chico) declarou apoio a Dilma, fico ainda mais enternecida com a sensibilidade desse grande artista, sempre engajado social e políticamente. E isso me deu um gás para tirar as teias de aranha e voltar a postar no meu blog. Apesar da gripe e da sinusite, começo a semana com disposição pra luta.

Meu beijo pra você Chico!



Brasília, domingo, 06 de junho de 2010



Chico Buarque certo dia disse, "vai passar"




Como mostra o gráfico Dilma cresceu de setembro a junho 22% no instituto de pesquisa Ibope e Serra permanece na margem de erro da pesquisa há oito meses, 2%, variando de 35% em setembro para 37% agora em junho.

Isso que dizer que está no mesmo patamar de 35%, Serra não cresceu enquanto estava exercendo o cargo de governador de São Paulo, não cresceu quando lançou sua candidatura, não cresceu em nenhum momento desde setembro.

Dilma cresce em média 3% por mês, saiu de 15% em setembro e chega aos 37% neste mês de junho. Desde que saiu da Casa Civil a ex-ministra cresceu 8% só nos últimos sessenta dias.

Serra continua sendo o candidato com maior índice de rejeição, tanto no Datafolha, como na pesquisa divulgada ontem. Serra quando o instituto apura quem é o candidato mais antipático, fica a frente de todos os outros.

Apesar de ajudar, campanha eleitoral não é concurso de simpatia, acredito que Serra está no quesito mais antipático, não só pelo visual, é porque não tem discurso e propostas novas.

Muitos analistas declaram que a exposição em programas eleitorais pode favorecer um candidato durante a fase de levantamento das pesquisas, durante essa pesquisa do Ibope divulgada ontem Serra apareceu em todos os programas do DEM.

Mas, ainda não podemos dizer porque não cresceu nas pesquisas segundo os analistas, se empacou mesmo ou se porque estava no programa dos demos, aparecer ao lado do DEM não ajuda ninguém.

Dilma em todas as pesquisas realizadas nos últimos meses por todos os institutos, Sensus, Vox Populi, Datafolha e o Ibope está na frente na pesquisa espontânea, quando o eleitor responde sem ser apresentado qualquer nome, "Se a eleição fosse hoje em quem você votaria?

Sem a resposta estimulada a ex-ministra cresce também, o nome tá na ponta da língua.

A questão é de tempo, Dilma continuando nesse consistente crescimento e como disse um dia Chico Buarque, vai passar.

Fonte: http://dilma13.blogspot.com/