terça-feira, 17 de julho de 2007

Esse texto caiu como uma luva para mim. A autora, Martha Medeiros, é excelente na arte de simplificar o sentimento e a alma feminina.
Achei-o uma pérola e compartilho com vocês. Espero que gostem:

Modo de usar-se
"Coitada, foi usada por aquele cafajeste". Ouvi essa frase na beira da praia, num papo que rolava no guarda-sol ao lado. Pelo visto a coitada em questão financiou algum malandro, ou serviu de degrau para um alpinista social, sei lá, só sei que ela havia sido usada no pior sentido, deu pra perceber pelo tom do comentário. Mas não fiquei com pena da coitada, seja ela quem for.
Não costumo ir atrás desta história de "foi usada". No que se refere a adultos, todo mundo sabe mais ou menos onde está se metendo, ninguém é totalmente inocente. Se nos usam, algum consentimento a gente deu, mesmo sem ter assinado procuração. E se estamos assim tão desfrutáveis para o uso alheio, seguramente é porque estamos nos usando pouco.
Se for este o caso, seguem sugestões para usar a si mesmo: comer, beber, dormir e transar, nossas quatro necessidades básicas, sempre com segurança, mas também sem esquecer que estamos aqui para nos divertir. Usar-se nada mais é do que reconhecer a si próprio como uma fonte de prazer.
Dançar sem medo de pagar mico, dizer o que pensa mesmo que isso contrarie as verdades estabelecidas, rir sem inibição – dane-se se aparecer a gengiva. Mas cuide da sua gengiva, cuide dos dentes, não se negligencie. Use seu médico, seu dentista, sua saúde.
Use-se para progredir na vida. Alguma coisa você já deve ter aprendido até aqui. Encoste-se na sua própria experiência e intuição, honre sua história de vida, seu currículo, e se ele não for tão atraente, incremente-o. Use sua voz: marque entrevistas.
Use sua simpatia: convença os outros. Use seus neurônios: pra todo o resto.
E este coração acomodado aí no peito? Use-o, ora bolas. Não fique protegendo-se de frustrações só porque seu grande amor da adolescência não deu certo. Ou porque seu casamento até-que-a-morte-os-separe durou "apenas" 13 anos. Não enviuve de si mesmo, ninguém morreu.
Use-se para conseguir uma passagem para a Patagônia, use-se para fazer amigos, use-se para evoluir. Use seus olhos para ler, chorar, reter cenas vistas e vividas – a memória e a emoção vêm muito do olho. Use os ouvidos para escutar boa música, estímulos e o silêncio mais completo. Use as pernas para pedalar, escalar, levantar da cama, ir aonde quiser. Seus dedos para pedir carona, escrever poemas, apontar distâncias. Sua boca pra sorrir, sua barriga para gerar filhos, seus seios para amamentar, seus braços para trabalhar, sua alma para preencher-se, seu cérebro para não morrer em vida.
Use-se. Se você não fizer, algum engraçadinho o fará. E você virará assunto de beira de praia."
Um beijo no coração de todos vocês. Fiquem com os anjos.

domingo, 15 de julho de 2007

Adoro interatividade

Gente,
Adorei a interatividade. É isso mesmo. Um dia de cada vez. Não me entendam mal. Só quero um pouco de cumplicidade (rs).
Amo amar e não sei como os outros podem me interpretar. Mas sei que a vida pode me ensinar e me dar oportunidades. E sei que também tenho um pouquinho de experiência para ajudar algumas pessoas.
Hoje conversei com minhas irmãs e ouvi uma frase interessante: "Você é corajosa". Não sei se tenho coragem, mas sei que tenho peito. Viver é um jogo de tentativas, acertos e erros. Preferi tentar sem me preocupar com o resultado.
Não é blefe, é tentativa. Ainda não sei se vou ganhar ou perder, mas sei que valeu a expectativa do jogo, a emoção da aposta. E se tudo der errado, viro a mesa e tento novamente.
Porque, o mais importante não é viver no incerto. É ter certeza de que viver é ser livre.
Beijos aos meus amigos.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

O Ciclo da Vida

Fiquei pensando o que me levou a criar este blog. Estou me iniciando como blogueira porque sinto uma necessidade enorme de interagir também através do mundo virtual. Passo por momentos de mudanças extremas e vejo um mundo totalmente novo e fascinante à minha frente.
Na minha profissão de jornalista tenho uma forte tendência a escrever sobre o cotidiano alheio. Escrever sobre mim já fez parte da minha rotina quando adolescente, mas isso foi algo que deixei submerso por muitos anos.
Tenho lido muitos autores que me fizeram gostar de fazer profundas análises da essência humana - especialemente a minha própria essência.
Por isso estou aqui. E quero contar com muitos para me sentir muito bem-vinda.