quinta-feira, 6 de março de 2008

Essa gente que gera, chora e sorri com a alma

Como não poderia deixar de ser, minha postagem de hoje é uma homenagem a todas as mulheres guerreiras que remam contra a correnteza e desempenham um importante papel na sociedade em busca da igualdade de oportunidades. E também aos homens que sabem valorizar esse comportamento corajoso e a história de vida dessas lindas e maravilhosas divas. Parabéns pelo Dia Internacional da Mulher.
Um beijo no coração de todas e todos!


8 de março
Dia Internacional da Mulher

"Endurecer sem perder a ternura, jamais" - Che Guevara.


O Dia Internacional da Mulher é um importante marco político na trajetória de luta do movimento feminino, porque traduz o crescente amadurecimento político da organização das mulheres e fortalece a luta por um desenvolvimento sustentável, justo e solidário no campo e na cidade.

Estamos no Século XXI e ainda hoje é preciso levar reflexão, consciência e cidadania à sociedade através de manifestações em defesa dos direitos das mulheres. Temas como aborto, violência doméstica, liberdade de expressão, igualdade salarial, participação política ainda são tabus.

Frases corriqueiras como "mulher só atrapalha o trânsito", "loira burra", "vai pilotar um fogão" carregam em si a marca do sentimento machista que insiste em sobreviver em nosso meio e as críticas ao comportamento feminino na sociedade reforçam a tese de que "lugar de mulher é na cozinha".

E isso continua apesar dos números mostrarem a garra e eficiência das mulheres na sociedade brasileira. Segundo balanço do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) , hoje somos 51,7% do eleitorado brasileiro. Do total de 127,4 milhões de eleitores brasileiros, 65,9 milhões são mulheres.

O levantamento indica ainda que as mulheres também estão à frente dos homens quando considerados os níveis de escolaridade dos eleitores por sexo. No Brasil, há mais eleitoras com nível superior, com segundo grau e com primeiro grau completo do que eleitores homens.

No entanto, elas também são maioria entre os analfabetos. O machismo alimenta o analfabetismo feminino. No Brasil, há 4,384 milhões de eleitoras analfabetas contra 3,840 milhões de eleitores homens. As regiões mais ricas e desenvolvidas concentram os piores indicadores de alfabetização para as mulheres.

Avanços

A duras penas, as mulheres têm conquistado alguns avanços nas últimas décadas, mas a tão sonhada igualdade de oportunidades ainda está longe de ser uma realidade. Na legislação brasileira, o principal avanço no que se refere às mulheres foi a aprovação da Lei Maria da Penha - que pune com mais rigor a violência doméstica. Infelizmente, no submundo da violência nem tudo é denunciado. Muitas mulheres ainda apanham em silêncio.

Na última quarta-feira, dia 5 de março o governo Lula lançou o 2º Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, no Palácio do Planalto. A intenção do governo Lula é aumentar em 30% as empregadas domésticas com carteira assinada e o mesmo percentual deve ser reservado a empregos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O plano define entre as metas o combate à discriminação, inclusive sobre orientação sexual.
Segundo o governo, a partir da Lei Maria da Penha, o Brasil passou a ser o 18º país da América Latina e Caribe a contar com uma legislação específica de combate à violência contra a mulher.


Pelos números da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, nos oito meses após a sanção da Lei Maria da Penha, foram instaurados 32.630 inquéritos, uma média de 177 por Delegacias Especializadas de Atendimento da Mulher (DEAM).

"Se muito vale o já feito, mais vale o que virá", disse o sábio Gonzaguinha. Ainda temos um longo caminho a percorrer. No entanto, é preciso que homens e mulheres se unam na busca de um mundo mais justo e igualitário.

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